INTRODUÇÃO
Após a cirurgia bariátrica, em torno de 10-20% dos pacientes recuperam parte do peso perdido. Popularizada como reganho de peso, na verdade trata-se de uma recidiva da obesidade, por essa ser considerada uma doença crônica. A recidiva da obesidade é multifatorial, pode ocorrer por problemas anatômicos (na cirurgia) ou por problemas comportamentais decorrentes de uma alimentação inadequada, problemas emocionais, falta de atividade física ou excesso de ingesta alcoólica.
O primeiro passo, para paciente que voltou a ganhar peso, é identificar a causa. Alguns exames de imagem também são realizados para estudo de como encontra-se a cirurgia realizada. A endoscopia irá mostrar se existe alguma alteração na parte interna do estômago. Frequentemente, um raio-x contrastado do estômago é feito para analisar como está o tamanho gástrico. A tomografia computadorizada com reconstrução em 3D, em conjunto com a volumetria, pode auxiliar nesta medida do volume gástrico. Um adequado estudo da anatomia da cirurgia anterior e do tamanho atual do estômago são essenciais para um planejamento e indicação precisa do tratamento correto.

Tomografia em 3D
O tratamento da recidiva da obesidade passa incialmente pela avaliação nutricional e psicológica. Pode-se associar alguns medicamentos na tentativa de voltar a perder peso. Em pacientes submetidos a Bypass gástrico e com anastomose gastrojejunal alargada, uma boa opção é o plasma de argônio. Procedimento endoscópico com excelentes resultados em resgatar o paciente.
Nos pacientes com alterações antômicas importantes com fístula gástrica, aumento do estômago e outras alterações, muitas vezes só resta uma nova cirurgia.